Chegamos ao Ponto de Encontro por sugestões da arguta equipe de observadores deste site. Esses nobres e impávidos colossos nos auxiliam em buscar barzinhos nunca dantes resenhados dentro da cidade. No caso, a sugestão veio do nefelibata E. Becco, nem tão impávido, nem tão colosso, mas amigo do copo.
Para os preguiçosos e pouco aventureiros, vai uma boa notícia: o Ponto de Encontro é um bar que se localiza na área mais cenral da chamada Aldiota, o maior bairro do mundo. Em verdade, sua localização privilegiada quase nos leva a pergunta de por que diabos nunca tínhamos visto esta birosca antes.
A noite começou cedo. Às 18:00, Edilbas já estava em posição de sentido e atracado com uma cerveja absurdamente gelada, enquanto aguardava por mim e S. Khastôrí, o qual tive de retirar de uma instituição aos tapas. Deixo essa história para outra vez.
Aos poucos, a equipa foi se formando. O quadrado mágico formado por Manibura, Khastouri, Edilbas e E. Becco era auxiliado pela performance sóbria e de forte marcação de Villar, o Frotrógri, e Cine Betão.
O cardápio da noite incluiu kitutes sofisticados e simples, numa mistura que em nada afetou o forte estômago da moçada. Primeiro veio um camarão ao alho e óleo que de boa qualidade e bastante bem servido. Com o auxílio de algumas bandas de limão, a coisa desceu como água. Exceto que em vez da água, era camarão.
Depois veio um bife acebolado, brilhantemente temperado com uma pimenta de fabricação local. Também experimentei um pastelzinho de carne e azeitona, que não faria feio em qualquer festa de casamento metida a besta. Por fim, houve um feijão verde com macaxeira, do qual não provei, mas que acredito que estava bom, porque alguns membros da mesa não conseguiam tirar a macaxeira da boca (OK, admito que o feijão não tinha macaxeira nenhuma, mas cabia bem na piada).
A cerveja e as Cocas KS estavam absurdamente geladas. O dono do estabelecimento, seu Francisco, deixou de ir ao jogo do Vozão para continuar nos servindo. Ele também é dono de um conglomerado de empresas, compostas pelo Bar em questão, a Lan-House ao lado e o Salão de Beleza ao lado da Lan-House. O homem é simpático e serve o povo com gosto. Além disso, alega ter pescado 70 kilos de piranha. O que seria de um pescador sem suas histórias?
Uma bela noite, e um bar que merecerá repeteco.
Caia Dentro:
Camarão ao Alho e Óleo vale a visita. A cerveja é das mais geladas.
Caia Fora:
A trilha sonora não ajuda. Não rola rádio Tempo – a preferida.
Onde é:
Venha pela Padre Valdevino, dobre a direita na Carlos Vasconcelos. O bar está à sua esquerda, no primeiro quarteirão.
>>j. da manibura